12/12/2007

Um desabafo...

Hoje acordei com vontade de conversar com os deuses romanos porque eles são tão mortais quanto eu e nem Cristo os menosprezava, por isso decidi abrir minha torneirinha de asneiras; daqui saíram algumas gotas do nada sei.




Em primeiro lugar, não sei quem resolveu inventar que os burros não prestam pra nada, um humilde prestador de serviços...



Serve?



Quem suporta carregar longas cargas é um servidor de boa vontade.



Ai que raiva!!! Oxalá as mercadorias contenham o peso do açúcar ao cruzar o rio e se dissolvam, com a leveza das folhas secas que flutuam...



E a ciência de que castiçais de ouro tendem a afundar e a enferrujar abandonados com o tempo no meio da água até que alguém esperto possa fazer algum uso destes.



Não desprezo os valores bíblicos, porém o dicionário é o “pai dos burros” e pode ser para algum bem mais apetitoso em determinadas ocasiões.



Por lá existem palavras soltas...! Estas são verdadeiras fontes de inspiração.



Hoje olhei para o desprezo, o ato de desprezar nos coloca acima do receio do perigo, o perigo está em só se olhar para o mal como mal ou olhar para o bem como se fosse um veículo de eterna paz. Ai que angústia?



Experimente sentir desprezo pela mentira e não pelo mentiroso, desvalorize o substantivo sendo um propagandista ou consumidor de ideais de ponta.



O desprezo SERVE para não prezar o que?



Há pessoas que dizem que preferem à indiferença em relação ao que incomoda você somente usa a indiferença para o que ignora.



A indiferença, não é tão apática quantos muitos pensam...



E muitas vezes "peca" pela omissão, preguiçosa foge da raiz do problema ao se desinteressar em face de alguma coisa abre e desenrola um tapete vermelho para a Rainha Inconsciência desfilar.



O indiferente, o que faz? Não apresenta opinião porque não têm motivos para preferir algo.



Aiii que medo: Entre um perfume ou outro novo é indiferente; entre aquela comida ao preferir a trivial é a indiferença preguiçosa que lhe satisfaz?!



“Indiferente” talvez por não conseguir preparar o prato de forma adequada.



Indiferente por se achar talvez mais protegido de uma determinada situação a qual ainda não sabe lidar...



Entre uma cor e o outra está o indiferente.



O fanatismo é indiferente? O preconceito é indiferente? O que está acima do bem e do mal é indiferente? A falta de respostas é impulso para a indiferença?



O indiferente pode fazer questão de mostrar que tem insensibilidade política, religiosa ou sobre qualquer acontecimento o qual tem incapacidade de formular uma determinada opinião, mas está sempre em posição do sobreaviso.



O indiferente no fundo é sempre um excelente crítico, pois somente aplica a indiferença para algo que pode lhe ocasionar algum transtorno.



Entre dó, indiferença e a raiva a mais forte de todas elas é a pena.



A mais forte no sentido do ser se tornar RESISTENTE. Ser indiferente implica em “deletar da memória” algo ou alguma “coisa”, a coisa que perturba é jogada num quarto escuro para mofar, por não se encontrar mais aparente utilidade ou valor para a “coisa” Percebe como tudo envolve o brincar.



Entre o gato e o rato sempre há o buraco na parede onde está o jogo de esconde-esconde para crianças...!!!



Como disse anteriormente, a aplicação da indiferença é igual ao não querer ter conhecimento de alguma coisa; na verdade o movimento da indiferença contra algo conhecido provoca a liberação de uma energia consciente.



Você pode ser indiferente a algo que deseja não ter contato nunca mais, mas sempre estará rodeado do nunca mais, na Terra do Nunca...



E tudo que não se quer nestas horas é ter envolvimento com aspectos avaliados como chatos. Chato é aquele quarto repleto de LUZ que é bem capaz de incomodar a cegueira. Quando alguém se faz de indiferente para com o outro fatalmente encontrará uma nova pedra no meio do caminho, há pessoas que adoram colocar pedras nos assuntos...



Mal trabalhados, há pessoas que sentem medo do ódio...



Há pessoas que odeiam demais e há pessoas que encaram a visão da pedra sendo que até quem está na escuridão sente o toque das pedras.



Passar por cima de pedras, dói.



Sim, a acomodação fugirá do terreno pedregoso, na procura dos desvios, não é lógico fazer o enterro de pedras porque este movimento denota novamente o desgaste de energia.



Cães enterram ossos não cavam buracos para guardar pedras, neste caso cães são exímios conservadores, preservam o cálcio, pois algum dia poderá faltar.



Eis uma nova pedra no sapato a incomodar.



O que fazer com a raiva de cão quando esta vem à tona?



Tem gente que gostaria de ser O Santo Cristo, mas se perde no meio do caminho porque o caminho percorrido por uma pessoa sempre será o daquela pessoa.



Daí a raiva vem à tona, já que não posso ser como Nietzsche, Salvador Dali, Bach... Vou desprezá-los com a irmã MÁGOA (de mim mesmo) dando mãos a madona Raiva construindo o desprezo.



Se desprezar está para o não prezar...



Prezar tem a ver com o sentimento de alta consideração, o não prezar envolve a falta de que? A ausência do respeito.



Quem utiliza muito o desprezo em seu vocabulário interno, não tem estima ou consideração por alguém ou alguma coisa?



Sem dó nem piedade: não tem grande valor por si próprio.



Dos males o menor: A pena.



O sinto pena de você, em todos os casos dói muito mais do que:



Sinto raiva de você, eu te odeio.



Vou desprezá-lo...



Serei indiferente.



Pense no ser mais desprezível...



Pense com música!



O quanto se pode se ter “dele” em nós mesmos?!



Penso em um ser como desprezível?



Quanto poder dado para o “Contrário” sem perceber os outros aspectos que podem emanar de bom em um ser...



Quantas qualificações para imprimir a própria falta de jogo de cintura para lidar ou encarar a REPRESENTAÇÃO em NOVA situação.



Se os sentimentos por aqui se confundem é porque giram em torno da ansiedade (que deve se procurar enxergar com distância):



Quantos instrumentos se têm em uma orquestra?



Por que todos respeitam um maestro?



Que conclusões as pessoas tem após a leitura de uma biografia?



Por isto dou preferência à sutileza do:



Sinto pena de você.



O que dói agora?



Ou não dói mais...?



A pena abre a mão diversa portas.



Com dó sem tamanho se chega à senhora Comiseração (mas isto não quer dizer que se tenha que se ter passado por outros acordes...).



O transformar do outro nos transforma...



Mas NUNCA se pode dar valor demais ao poder de outrem, porque o outro com o tempo aprenderá a utilizar todos os seus próprios caminhos acionando as ações retirando a fibra das palavras.



Realmente sem dó não se chega à piedade.



Ignorar algo é bem diferente do que sentir desprezo.



A ignorância é relativamente neutra, (mas até certo ponto?).



Porque o que não se conhece hoje pode ser reconhecido amanhã...



Tudo poderá ser transmutado até se alcançar o patamar do reconhecível.



Como alguém pode dar valor àquilo que não conhece???



Ignorar pode ser útil?



O não conhecer harmoniza com o não saber.



O não tomar conhecimento por experiência.



Se eu, por exemplo, conheço a verdade, tenho por base uma lei, a representação da polícia me policia...



Contudo até as leis são mutáveis e sou ciente que o “SUPEREGO” existe e que o “id” é muito brincalhão, o “id” (IDEALISMO) adora mentir para si mesmo ele gosta de praticar a inverdade...



Mas até um pouco de surrealismo na aquisição do prazer cai bem?!



Talvez na redução da ansiedade.



Será que ignoro a palavra destruição?



Ignoro o mundo pouco cor-de-rosa que nos cerca???

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